data de lançamento:2025-02-14 14:23 tempo visitado:145
Embora seja invenção indígena, a ayahuasca é mais conhecida como sacramento das religiões urbanas Santo Daime, União do Vegetal (UDV) e Barquinha. Desde 2015 povos originários se organizam para reafirmar sua precedênciafortune tiger bonus de cadastro, culminando com a 5ª Conferência Indígena da Ayahuasca, que começa na noite desta sexta-feira (24).
O encontro se realiza na Aldeia Sagrada Yawanawá da Terra Indígena Rio Gregório, município de Tarauacá (AC). São três horas de rodovia mais dez de barco partindo de Cruzeiro do Sul, cidade no noroeste do Acre onde pousam voos comerciais.
A realização é do Instituto Nixiwaka, da Cooperativa Extrativista Yawanawá e do Instituto Yorenka Tasorentsi. Na quarta conferência, de 2022, estiveram presentes 35 povos:
Apolima-Arara, Huni Kuĩ, Jaminawa-Arara, Kuntanawa, Nawa, Noke Koi, Nukini, Puyanawa, Shanenawa, Shawãdawa, Yawanawá, Apurinã (Pupykary), Manchineri, Ashaninka, Ashaninka del Alto Perene, Yanesha del Puerto Yunnako, Nomatsiguenka, Ashaninka y Machiguenga del Rio Apurimac-Cusco, Yaminawa, Marubo, Yepá Mahsã-Tukano, Anishinaabe, Arhuaco, Tubú Hʉmmʉrimasa, Inga/Union de Médicos Indígenas Yageceros de la Amazonia Colombiana (Umiyac), Kichwa de Sarayaku, Kofan, Jiaki, Wixárika, Potiguara, Omágua Kambeba, Shipibo-Konibo, Yanomami, Guarani Mbyá e Siona.
Participam etnias que não usam ayahuasca tradicionalmente, como Yanomami e Guarani, mas que também têm suas "medicinas", nome genérico de produtos de origem vegetal empregados ritualmente –como o rapé yãkoana e o tabaco. Na Amazônia há dezenas de povos usuários do chá psicoativo feito com folhas de chacrona e fibras do cipó-mariri, que leva vários nomes: kamarãpi, uni, huni, dispãnī hew, tsĩbu, yage, gaapi, caapi, hayakwaska e outros.
Toda essa diversidade terminou eclipsada pela fama do Santo Daime, igreja surgida quase um século atrás após Raimundo Irineu Serra, seringueiro maranhense filho de escravos, entrar em contato com a bebida psicoativa. O fornecedor teria sido um curandeiro indígena peruano.
O interesse pela ayahuasca em centros urbanos ocasionou uma diáspora, primeiro com abertura de igrejas em grandes cidades do Sudeste do Brasil e, depois, pelo mundo. O chá chamou também a atenção de pesquisadores, que passaram a pesquisar seus benefícios para a saúde mental, como no caso de depressão.
Em 2016, a insatisfação de grupos indígenas veio à tona durante a 2ª Conferência Mundial da Ayahuasca, realizada em Rio Branco pelo Centro Internacional para Educação, Pesquisa e Serviço Etnobotânicos (de Barcelona, mas conhecido pela sigla em inglês Iceers). Descontentes com o protagonismo científico e o reduzido espaço reservado a indígenas na discussão, líderes da região do rio Juruá passaram a idealizar uma reunião exclusiva para debater suas preocupações.
A primeira conferência aconteceria em 2017, na Terra Indígena Poyanawa, município de Mâncio Lima (AC). Outras três viriam em 2018, 2019 e 2022. Um dos pontos centrais é a criação de um Conselho de Líderes Espirituais Indígenas para influir nas decisões políticas e jurídicas que digam respeito à ayahuasca e o uso dentro e fora de seus territórios.
Na pauta desta quinta conferência estão debates sobre apropriação de conhecimentos tradicionais e genéticos, como patentes e repartição de benefícios; implicações para indígenas da resolução 01/2010 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), que reconheceu o uso religioso; legalidade do transporte de ayahuasca, princípios éticos para realização de cerimônias com não indígenas ou fora das comunidades; papel de mulheres como lideranças espirituais; protocolos para parcerias com pesquisadores; e assim por diante.
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